sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Ouvir é permitir a presença do outro.

O primeiro capítulo, ‘Sobre a comunicação’, fornece insights sobre as primeiras formulações de Bohm quanto ao significado do diálogo, em especial a maneira pela qual a sensibilidade  ‘à similaridade e à diferença’  se tornou parte do trabalho do cientista, do artista e das comunicações do dia-a-dia. O ensaio é premonitório em seu modo de falar sobre o ‘ouvir’, uma questão frequentemente mal compreendida no processo do diálogo. Ouvir, no contexto dialógico, é muitas vezes interpretado como uma sensibilidade profunda, cuidadosa e empática em relação às palavras e significados produzidos pelos membros do grupo. No entanto, ouvir faz parte do diálogo. Bohm delineia aqui uma concepção diferente de ouvir, na qual erros de percepção da fala de alguém podem levar ao surgimento de novos significados. Entender esse ponto é essencial para a compreensão do que ele acabou por denominar o ‘fluxo de significados’.

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